O Meridiano de Greenwich divide a Terra em dois hemisférios passa por qual capital Europeia

Visitar o Meridiano de Greenwich é um passeio imperdível pra quem está em Londres. Dá pra ir e voltar no mesmo dia. Lá tem vários restaurantes na rua principal onde dá para almoçar deliciosamente. A cidade é bem pequenininha. 

Saindo de Londres, é só pegar um trenzinho especial. Nas estações do metrô eles dão todas as informações de como chegar em Greenwich. É super tranquilo, um monte de turista faz sem problema algum. 

Gostaria de comunicar que eu e meu marido nos separamos...

Eu fiquei no lado ocidental da terra e ele no lado oriental, rs. Essa foi uma das fotos divertidas que tiramos em Greenwich, onde passa o meridiano que divide a Terra em dois hemisférios, o Leste e o Oeste. 

Tem uma linha no chão, exatamente onde passa o meridiano e ao lado fica escrito a longitude das principais cidades do mundo. 

Os astrônomos mais famosos da história viveram lá por causa da posição geográfica favorável e de todos aqueles telescópios incríveis. O observatório é aquele que o teto é redondo e se abre para o telescópio se posicionar. É muito interessante. Fica no alto de uma colina, de onde se tem uma vista linda de Londres ao longe. Imagino que numa noite de céu aberto e estrelado, aquilo alí deve ser uma piração para os astrônomos.

       Londres ao fundo.

Greenwich também se encarrega de acertar os relógios do mundo todo. Esta é uma tradição que vigora desde os tempos das grandes viagens marítimas européias. No alto do observatório, tem uma bola bem grande presa numa haste, tipo uma antena. Todos os dias, exatamente às 13 horas, essa bola é arremessada para o alto e volta deslizando lentamente pela haste. Isso se repete desde 1833 e era assim que os navios acertavam seus relógios. Eles ficavam ancorados na frente do observatório e quando a tal bola subia, marcavam 13 hrs nos relógios e seguiam viagem.

Por causa desta histórica ligação com o tempo, lá funciona um museu sobre relógios. Naquela época, os relógios das embarcações não eram muito precisos. A simplicidade das máquinas, a temperarura e o movimento das ondas desorientavam os ponteiros, causando uma grande confusão. O museu mostra as brilhantes (e engraçadas) engenhocas que os astrônomos desenvolviam para os navios levarem à bordo em busca da precisão das horas.

Quando descemos a colina do observatório, que fica dentro de um parque bem grande e muito bonito, chegamos na cidadezinha de Greenwich, onde almoçamos antes de voltar para Londres. Achei bem apropriado e muito interessante o apelo "de marketing" de uma loja que se chama A Primeira Loja do Mundo, pois é a primeira que a gente avista quando sai da longitude zero. 

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Linha vertical imaginária que divide o planeta entre Oriente e Ocidente, o meridiano de Greenwich foi estabelecido através de um acordo mundial realizado em 1884 na cidade de Washington, nos Estados Unidos. O objetivo era estabelecer uma padronização de horários e datas em todo o mundo. Funcionou. O meridiano de Greenwich é hoje referência na definição de tempo e amplamente aceito em âmbito global, sendo responsável pela determinação dos fusos horários em todo o mundo. Apesar dessa aceitação, há décadas o horário GMT não gerencia mais os relógios do planeta.

O meridiano de Greenwich leva esse nome porque atravessa o Observatório Real de Londres em um distrito chamado de Greenwich, situado na região leste da capital britânica. Ele determina o tempo "solar", baseado na rotação da Terra e medido pelos astrônomos há 129 anos a partir desse ponto. Porém, 88 anos depois do acordo que instituiu o meridiano, uma conferência internacional adotou em 1972 o Tempo Universal Coordenado (Universal Time Coordinated - UTC, na sigla em inglês), calculado em mais de 70 laboratórios do mundo por pelo menos 400 relógios atômicos e atual referência de tempo universal.

O Greenwich Mean Time continua sendo a hora oficial da Grã-Bretanha e ainda é utilizado amplamente no mundo como referência. Ele "corta" o mundo ao meio: para oeste, o fuso horário é negativo (caso do Brasil, cujo horário em Brasília é GMT-03); para leste, será positivo. Essa definição de tempo é alterada conforme é instituído o horário de verão

Em 2011, cientistas tentaram alterar essa definição de tempo e propuseram eliminar o horário GMT (Greenwich Mean Time, a hora do meridiano de Greenwich), utilizando em seu lugar o Tempo Universal Coordenado. O tempo atômico tem a vantagem de ser muito mais preciso, mas difere por frações de segundo do tempo definido pela rotação da Terra. Atualmente, para guardar a correlação com rotação terrestre, um "segundo intercalado" é acrescentado aproximadamente a cada ano. E agora os cientistas propõem suprimir este segundo, abandonando com isto a correlação com o horário GMT.

Fonte: Com informações da AFP

Fonte: Terra

O Meridiano de Greenwich foi assim denominado graças ao bairro inglês que tem esse nome. Nele se localizava o Observatório Astronômico Real, instituição importante para a astronomia mundial e para o conhecimento de eventos no Sistema Solar. Esse Observatório ganhou ainda mais relevância em 1884, época do imperialismo e quando o Reino Unido possuía grande força na geopolítica mundial, pois era sua principal potência.

Leia também: Mapa do Brasil – representação cartográfica do nosso país

História do Meridiano de Greenwich

Até 1884, as nações do mundo não conheciam uma padronização de horários como conhecemos hoje. Em 1851, George Biddel Airy sugeriu que o local de Greenwich fosse usado como o marco zero para tanto, e muitos países começaram a adotá-lo.

Até então, hora local de um país não era relacionada com sua posição geográfica em relação ao Sol. Assim, quando acontecia um evento no Brasil, às 10 horas, um habitante da África do Sul não tinha a menor ideia do momento exato desse acontecimento levando em conta seu próprio território, por exemplo.

Esquema representando o cruzamento do Meridiano de Greenwich com a Linha do Equador.

Essa falta de padrão nos horários mundiais gerava certos transtornos, pois um navio que saía da Europa rumo aos Estados Unidos não tinha noção de que horas chegaria ao destino, pois cada país regulamentava seu horário de acordo com as demandas regionais.

Foi somente em 1884 que o governo dos Estados Unidos decidiu oficializar a escolha de Greenwich como marco zero. No mesmo ano, na cidade de Washington, no mesmo país, 25 nações reuniram-se e definiram que deveríamos ter um meridiano zero para todos os países a fim de calcular-se o fuso horário de cada nação, além de uma data padrão.

A partir de então, o Meridiano de Greenwich foi o escolhido por localizar o Observatório Astronômico Real. Esse observatório foi de extrema importância para navegantes europeus desde o século XVIII, pois ali eram efetuados cálculos astronômicos para as navegações, o que contribuiu para que o Reino Unido fosse uma grande potência da época.

Ao ser designado como o marco zero para o cálculo de horas e, consequentemente, para o estabelecimento de fusos horários, o Meridiano de Greenwich estabeleceu um padrão a ser seguido, facilitando a vida e diminuindo as confusões que havia sobre as horas.

Para entendermos esse padrão, devemos saber que a Terra tem um formato esférico, conhecido como geoide. Ao dividirmos os 360º correspondentes do planeta pela quantidade de horas do dia, 24, temos um total de 15º. Dessa forma, a cada 15º de distância de Greenwich, temos a variação de uma hora, para mais ou para menos. O período de uma hora é o mesmo que o movimento de 15º da Terra.

Representação das faixas de fuso horário.

Como o movimento de rotação da Terra é no sentido anti-horário, localidades situadas no Hemisfério Leste possuem horas adiantadas em relação ao Greenwich, e localidades no Hemisfério Oeste estão atrasadas em seus horários. Com base no referido meridiano, o fuso horário é negativo para oeste e positivo para leste, subtraindo-se ou somando-se as horas, respectivamente.

Um exemplo: se em Londres for 17 horas, em Brasília (hora oficial do Brasil) serão 12 horas, pois o Distrito Federal do nosso país está localizado no fuso 45º oeste (três horas a menos de diferença).

Com esses cálculos, é simples descobrir em que horas um evento na Ásia será transmitido para a América ao vivo, em tempo real, como seria o caso das Olimpíadas de Tóquio.

Em países com grande extensão territorial, a faixa de 15º dos fusos horários nem sempre é respeitada. Imagine que uma cidade seja cortada por dois fusos. Isso geraria um transtorno local expressivo, com uma hora de diferença para cada lado. Dessa forma, muitos governos estendem as faixas até suas fronteiras ou para lugares pouco habitáveis, para ter-se um padrão de horário.

Veja também: Latitudes e longitudes: o que cada representa?

Locais cortados pelo Meridiano de Greenwich

O Meridiano de Greenwich atravessa o mundo de norte a sul, passando pelas seguintes localidades:

  • Oceano Ártico

  • Mar da Groelândia

  • Mar da Noruega

  • Mar do Norte

  • Reino Unido

  • Canal da Mancha

  • França

  • Espanha

  • Mar Mediterrâneo

  • Argélia

  • Mali

  • Burkina Faso

  • Togo

  • Gana

  • Oceano Atlântico

  • Antártida

Paralelos e meridianos

Paralelos e meridianos são linhas imaginárias que circundam a Terra de leste a oeste e de norte a sul. Essas linhas são amplamente usadas nas coordenadas geográficas (latitude e longitude) e no cálculo de fuso horário, além de definirem as zonas térmicas do planeta, como o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio.

Representação das linhas imaginárias que cruzam o planeta, paralelos e meridianos.

Os paralelos são linhas imaginárias perpendiculares ao eixo central (Meridiano de Greenwich) e paralelas entre si, dividindo o mundo em dois hemisférios: Norte e Sul. O paralelo de maior circunferência é a Linha do Equador, com o maior raio no globo. Além disso, são os paralelos que determinam as latitudes.

É com base no Equador que temos a divisão geográfica Norte e Sul. Nesse paralelo está a medida 0º, a área mais iluminada pelos raios solares do planeta.

Os meridianos são linhas imaginárias que acompanham o eixo do planeta e determinam as longitudes. Todo meridiano tem seu antimeridiano, que lhe é oposto, do outro lado do globo.

Como exemplo, tem-se o Meridiano de Greenwich, que é o meridiano 0º com a Linha Internacional de Data, correspondente ao meridiano 180º.

São os meridianos que dividem, geograficamente, o planeta em dois hemisférios. Essa divisão ocorre baseada em Greenwich: à esquerda, tem-se o Hemisfério Oeste, e, à direita, o Leste. Para aprofundar-se mais nesse assunto, leia o texto: Paralelos e meridianos.

Exercícios resolvidos

Questão 1 - (IFPE) A figura destaca o território brasileiro no planisfério político. Observe-a.

Adaptado de Geografia do Professor António Lobo. Disponível em: <//geografia789afgc.blogspot.com.br/>.

Quanto à localização geográfica do Brasil, é CORRETO afirmar que

a) o país localiza-se totalmente no hemisfério ocidental.

b) o território nacional é cortado ao sul pelo Trópico de Câncer.

c) todo o país está no hemisfério meridional, ao sul da Linha do Equador.

d) o país ocupa a porção centro-ocidental do continente sul-americano.

e) o país está inserido na zona climática intertropical.

Resolução:

Alternativa a. O Brasil está inserido no Ocidente (Hemisfério Oeste), pois está à esquerda do Meridiano de Greenwich.

________

Questão 2 - (Puc-PR) Sobre a variação das horas entre as diferentes regiões do globo, assinale a alternativa INCORRETA:

a) Os fusos horários são limitados por meridianos.

b) A amplitude de 15° dos fusos horários resulta da latitude dos trópicos.

c) O fuso horário base é o que contém o Meridiano de Greenwich.

d) O aumento das horas para leste é consequência do sentido de rotação da Terra.

e) A Linha Internacional da Data corta o Oceano Pacífico.

Resolução:

Alternativa b. Os fusos horários são calculados com base na distância de graus em relação ao Meridiano de Greenwich. Os meridianos, por sua vez, definem as longitudes. São os paralelos que definem as latitudes.

_______

Questão 3 - Uma cidade A, localizada no fuso 75º leste, quer assistir ao vivo a um evento que ocorrerá na França às 16 horas. Para isso, que horas os moradores da cidade A deverão ligar seus televisores?

a) 20 horas

b) 21 horas

c) 22 horas

d) 23 horas

e) Meia noite

Resolução:

Alternativa b. Para calcular a distância em horas de uma localidade para a outra, devemos atentar-nos a alguns detalhes.

Primeiro passo: identificar se as horas serão diminuídas ou aumentadas. Para isso, basta analisar os hemisférios dos locais em questão.

Segundo passo: achar a diferença em horas. Dividindo o valor dos graus por 15 teremos essa diferença: 75 / 15 = 5 horas.

Terceiro passo: somar (ou subtrair) o horário descrito. Como no exercício diz que a cidade A está no Hemisfério Leste, e a referência é o Meridiano de Greenwich, as horas nesse local estão adiantadas. Dessa forma: 16 + 5 = 21 horas.

Por Átila Matias
Professor de Geografia

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