Melhores paises para estudar medicina

P

or aqui, a disputa para entrar na faculdade é grande! Alguns cursos chegam a ter uma média de 100 candidatos por vaga, especialmente nas universidades públicas. Nas particulares, os valores das mensalidades, que podem chegar a até R$6.000, pode tornar esse sonho distante para muitos. Diante desse cenário, as instituições estrangeiras se tornam mais atrativas e acessíveis.

A possibilidade de revalidar o diploma e exercer a atuação profissional no Brasil faz com que esse projeto seja ainda mais possível – e, claro, interessante. Quer saber a quais países recorrer para cursar medicina? Continue a leitura!

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5 países para estudar medicina fora do Brasil

Perto ou longe, diversos países oferecem opções de qualidade para estudar medicina. Veja cinco delas e escolha a melhor para você.

1. Argentina

Nada melhor do que começar essa lista com nossos vizinhos. E o primeiro deles é a Argentina, destino de muitos brasileiros que buscam formação fora do país. Por lá, a Universidad de Buenos Aires (UBA), localizada na capital, é considerada uma das melhores instituições de ensino da América Latina. A Universidad Nacional de Rosario (UNR) é outra que tem destaque em ensino na área de saúde.

Para ter acesso aos cursos oferecidos nas universidades argentinas não é preciso fazer vestibular ou qualquer outro tipo de prova. Esse é um fato que atrai muito a atenção de brasileiros, já que torna o acesso ao curso de medicina mais fácil.

Para se inscrever no curso, no entanto, é necessário validar o diploma do ensino médio na Argentina. É preciso ainda fazer um curso de nivelamento básico sobre o sistema de saúde, que tem duração de um a três meses. O conhecimento de espanhol também é essencial para companhar as aulas.

As universidades públicas, como UBA e UNR, são gratuitas. Já as universidades particulares oferecem cursos de qualidade, com mensalidades mais acessíveis. Os custos mensais podem variar entre R$ 700 e R$ 1400.

2. Paraguai

Ainda pela nossa vizinhança, o Paraguai é outro país que tem recebido muitos brasileiros. Assim como na Argentina, as universidades do país não aplicam prova de seleção. Além disso, os baixos custos de vida tornam a experiência ainda mais acessível. Por conta da proximidade com a fronteira do Brasil, é possível também estudar nas instituições do país, vivendo em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Mas, antes de escolher a melhor faculdade, uma dica: pesquisa por instituições que funcionam com permissão do Ministério da Educação paraguaio. Esse passo é essencial, pois, por conta da alta procura, muitas delas funcionam sem a autorização do órgão.

3. Portugal

Seguindo para o velho continente, chegamos a Portugal. E antes que se assuste com a possibilidade de ser um lugar caro, saiba que o país tem um dos menores custos de vida da Europa.

Portugal tem algumas das melhores e mais tradicionais universidades europeias, com destaque para Universidade de Lisboa, Universidade de Coimbra e Universidade do Porto. Mesmo que todas essas sejam públicas, ao contrário do que é praticado no Brasil, é cobrada uma mensalidade (ou propina, como é chamada no país). Essa taxa tem o custo mais baixo do que o praticado em instituições particulares. Algumas delas também praticam valores especiais para alunos internacionais de provenientes de países de língua portuguesa, como o Brasil.

A maioria dessas instituições aceita a nota do Enem – desde que feito nos últimos três anos – para o processo seletivo.

4. Estados Unidos

Quando pensamos em experiência internacional, os Estados Unidos costumam ser um dos primeiros lugares que vem à nossa mente. E não é por menos. O país oferece vivências culturais diversas e possibilidades infinitas. Além de, claro, algumas das melhores universidades do mundo.

Quando pensamos em medicina, porém, a principal diferença em relação aos outros países que citamos nessa lista está na competitividade. Conseguir uma vaga em escolas de medicina pode ser até mais disputado do que nas instituições brasileiras.

Mas, caso tope o desafio, saiba que a formação é feita em oito anos, já que é preciso fazer uma formação prévia ao curso de medicina, o chamado Pre-Med. Depois dessa graduação, o aluno segue para quatro anos de especialização.  Além disso, os custos podem ser altíssimos.

Mas, se ainda sim estudar nos EUA é o seu principal sonho, é possível realizar intercâmbios de pesquisa ou, mesmo, a residência na terra do Tio Sam.

5. Cuba

O país se tornou destaque em medicina depois que o programa Mais Médicos trouxe diversos profissionais de saúde cubanos para o Brasil. E mesmo que não seja a primeira opção de muitos, Cuba oferece um programa de formação médica para estrangeiros na Escola Latino-Americana da Medicina.

O curso, que tem foco em medicina preventiva, tem duração de seis anos. Além da qualidade da formação, muitos estudantes são atraídos para o programa por conta da bolsa integral oferecida para todos os alunos.

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Estudar em outro país proporciona diferentes experiências culturais. Estudar no exterior proporciona experiências únicas, tanto educacionais quanto de vida. E se você pretende voltar para o Brasil e atuar como médico por aqui, temos uma boa notícia: sim, é possível. Para isso, é preciso revalidar o diploma médico.

A revalidação é necessária para equiparar o currículo médico da formação no exterior com o nível exigido no Brasil. Assim, o médico se prepara para atuar seguindo todas as diretrizes brasileiras.

Para revalidar o diploma, é preciso se inscrever no programa de revalidação. Ele é realizado em duas etapas: uma prova teórica objetiva e uma fase com avaliação das habilidades clínicas.

Se preparar para essa avaliação é essencial, já que o seu custo é alto, assim como o nível de exigência dos testes.

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A Medicina é uma das áreas de estudo mais concorridas pelo mundo inteiro. Além disso, também é uma das que exige mais anos de estudo para poder começar a exercer a profissão. Nada disso impede que milhares de estudantes escolham a medicina como sua paixão e dediquem-se arduamente para se tornarem médicos – começando pelo difícil processo de seleção. 

No Brasil, o número de médicos cresceu 23% nos últimos sete anos, de acordo com o censo médico. As provas seletivas são as mais competitivas do país e o panorama não é muito diferente nos Estados Unidos e na Europa, onde encontram-se as principais Escolas de Medicina do mundo.

Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, a medicina é considerada uma área de pós-graduação. Isto significa que, a fim de começar a estudar para se tornar um médico, qualquer estudante precisa, primeiramente, concluir uma graduação de no mínimo três anos em qualquer outra área que contenha algumas disciplinas específicas relacionadas à saúde na grade curricular.

Por isso, para quem escolhe a medicina como meta de vida e pretende dar início aos estudos no exterior, trouxemos a seguir, três opções de países com cursos de alta qualidade, mas processos seletivos que podem ser considerados mais justos por diferentes fatores.

1. Argentina

A Argentina tornou-se um destino bastante procurado pelos estudantes da América Latina nos últimos anos para a área de medicina. Os hermanos têm algumas das melhores escolas médicas do continente, como a Universidade de Buenos Aires (UBA), a Universidade Nacional de Rosário e o Instituto Universitário do Hospital Italiano.

No caso das duas universidades, por serem públicas, elas são gratuitas. Na UBA, existe algo chamado Ciclo Básico Comum (CBC). Trata-se do primeiro ciclo de estudos universitários para todos os cursos de graduação. O estudante conclui em um ano seis disciplinas relacionadas ao curso desejado. Depois, se aprovado nestas matérias iniciais, ele pode se matricular na universidade. Isso vale para todas as áreas de estudo da UBA, inclusive a de medicina.

Segundo o site oficial da instituição, “o CBC tem um sentido orientador para que os alunos possam comprometer-se realmente com um curso específico despois de um ano de vida universitária, tendo assim oportunidade de conhecer o campo de estudo e aplicação de várias especialidades, bem como as possibilidades de trabalho reais para os graduados”.

Mesmo no Instituto Universitário do Hospital Italiano, uma instituição paga, você investirá muito menos do que em uma universidade brasileira – uma média de aproximadamente R$ 2.700 mensais – e a seleção é feita por meio de um processo chamado de Nivelamento e Orientação, com curso online e participação em três testes presenciais de nível biológico, indivíduo e família, e comunidade.

Saiba mais sobre o Ciclo Básico Comum na Argentina

2. República Tcheca

A República Tcheca costuma ser um destino de estudo comum para portugueses que não conseguem uma média suficiente para ser admitido em medicina em seu país. Mas engana-se quem acredita que o curso em uma universidade tcheca não é tão rígido quanto em Portugal, ou em qualquer outro país.

No entanto, estudar medicina na República Tcheca é, de fato, um tantinho diferente do resto do mundo. Ao se formar no ensino médio, os estudantes se matriculam em um programa de cinco a seis anos de duração que resulta em um mestrado. Após a conclusão deste diploma de mestrado, eles têm a opção de continuar os estudos em um doutorado (PhD) ou se matricular em um programa de treinamento especializado – mas, para isso, será necessário ter proficiência na língua tcheca, enquanto o mestrado e o doutorado podem ser cursados em inglês.

A Universidade Carolina de Praga (Charles University) é uma das mais antigas instituições de ensino superior do mundo, fundada em 1348. Ela tem cinco faculdades de medicina – três em Praga, uma em Pilsen e uma em Hradec Kralove. São instituições independentes com instalações médicas próprias e todas oferecem cursos ministrados em inglês.

O processo seletivo costuma incluir uma prova de múltipla-escolha de biologia, química e matemática. Os candidatos que atingem média suficiente passam por uma entrevista oral para que os avaliadores conheçam suas motivações e personalidades. Portanto, trata-se de uma seleção mais holística e, consequentemente, mais justa do que depender apenas de um vestibular.

A má notícia é que a Charles University exige dos candidatos internacionais um diploma de bacharelado em uma universidade reconhecida; ou um Bacharelado Internacional com boas notas em disciplinas de biologia, química ou física; ou três A-Levels; ou um programa de pre-med oficial de um ano para admissão em medicina.

Saiba mais sobre a Charles University na República Tcheca

3. Espanha

Na Espanha, o seu rendimento escolar pode definir a sua admissão em um curso de medicina. Isto porque as universidades públicas espanholas consideram a soma de duas notas para a seleção de estudantes: a nota no teste de admissão, chamado Selectividad, que é bem similar ao vestibular brasileiro; e a média atingida durante o ensino médio. Quanto mais concorrido o curso, maior será a média de corte.

Por isso, os estudantes que pretendem cursar medicina têm a chance de começar a se preparar cedo, caprichando no desempenho escolar ao longo do ensino médio, porque isso será decisivo para o processo seletivo na Espanha.

Já as universidades particulares conferem pesos diferentes às duas notas. Tanto instituições públicas quanto particulares são pagas, estas últimas cobrando substancialmente mais – cerca de 25 – dos estudantes. O curso de medicina dura seis anos gerais na Espanha e mais alguns anos de especialização.