Não podemos considerar como fator da crise do antigo sistema colonial:

Entre os séculos XVIII e XIX, as Revoluções Burguesas, a Revolução Industrial e as Independências da América inauguraram a Idade Contemporânea pondo fim ao Antigo Regime.

Ancoradas no Liberalismo e no Iluminismo, essas bruscas transformações romperam com as práticas mercantilistas.

No continente americano, a decadência do colonialismo foi promovida por ideais e práticas moldados pelo Liberalismo tanto na política (República, Constituição, Divisão de Poderes) quanto na economia (fim do Monopólio Comercial metropolitano).

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A Crise do Sistema Colonial decorreu, em grande medida, da expansão do pensamento ilustrado pelo Ocidente. Pode-se dizer que os conflitos que modificaram radicalmente as relações entre as Américas e suas metrópoles europeias decorreram da própria crise da Modernidade no despontar da Revolução Francesa. Conceitos como liberdade, igualdade e fraternidade encontraram, na América, um ambiente propício ao desenvolvimento de modelos políticos críticos ao embaraçoso sistema colonial. É bem verdade que os processos de independência, como no caso do Brasil, não romperam de forma radical com os modelos econômicos vigentes. O sistema escravocrata financiado pelas elites latifundiárias e monocultoras, apesar do frágil diálogo com a ideia de civilização, amplamente defendida no despontar dos séculos XVIII e XIX, estabeleciam as bases para uma autonomia político-econômica mascarada pelos discursos de independência social. A evidencia do fortalecimento de sociedades coloniais, através do surgimento de elites locais, levou metrópoles como Inglaterra, Espanha e Portugal a implementarem estratégias políticas, fiscais e econômicas compulsórias, na tentativa de resistir ao emergente processo de independências das colônias americanas.

Conteúdo deste artigo

  • Estados Unidos x Inglaterra
  • América Espanhola x Espanha
  • Brasil x Portugal

Nas Colônias do Norte, a Inglaterra estabelecia uma política colonial restritiva, impondo medidas de controle comercial às Treze Colônias impulsionando a luta pela independência. Apesar da vitória na Guerra dos Sete Anos (1756-1763) ter expandido os domínios ingleses, o custo da guerra teria sido alto demais para seus cofres, o que levou à criação de leis tributárias que aumentaram de modo significativo os impostos sobre as Treze Colônias. Reações posteriores levaram a Inglaterra a suspender algumas destas leis e diminuir taxas sobre a exportação do açúcar. O ato que ficou conhecido como Festa do Chá de Boston (1773), onde carregamentos de chá trazidos pela Companhia das Índias Orientais foram jogados ao mar pelos colonos, evidenciava o desgaste entre a Inglaterra e suas colônias. Respondendo ao evento ocorrido em Boston, o Parlamento Inglês aprovou, em 1774, as Leis Intoleráveis que impunham novas sanções às Treze Colônias. Os colonos reagiram mais uma vez promovendo os Congressos Continentais da Filadélfia, dos quais resultaram a Declaração da Independência de 1776. Em 1783, a Inglaterra reconheceu a Independência dos Estados Unidos. Em 1787, foi aprovada a Constituição dos Estados Unidos, na qual a liberdade e direitos dos cidadãos foi garantida, mas a escravidão ainda mantida.

Na América espanhola, com exceção do México, onde o movimento teve caráter fortemente popular, os processos de independência foram liderados pela elite criolla. O objetivo era consolidar o poder político e econômico da elite local. Os criollos não desejavam o rompimento com a ordem social vigente em seus territórios. Entendiam que a exploração compulsória do trabalho indígena e negro deveria ser mantida, já que constituíam a base da economia. No âmbito intelectual, os criollos defendiam princípios liberais, baseados na Independência dos Estados Unidos e na Revolução Francesa. A Coroa espanhola tentava a todo custo evitar que os ideais revolucionários chegassem às suas colônias, mas os princípios liberais circulavam pelas universidades na América. Em 1808, com a derrubada da Coroa espanhola por Napoleão Bonaparte, os movimentos de independência na América cresceram. As elites criollas aumentavam seus poderes à medida que não reconheciam a autoridade do Império Napoleônico sobre seus territórios. As colônias espanholas passaram a se rebelar quase que simultaneamente. Os movimentos começaram nas cidades e se espalharam pelos campos proclamando as independências na Argentina (1816), Chile (1818), Grã-Colômbia (atuais Colômbia, Venezuela, Equador e Panamá), Peru (1821), México (1823, após a criação de uma monarquia católica, em 1821) e Bolívia (1825). Todas foram antecedidas pela Revolução Haitiana, onde escravos negros influenciados pelas ideias de liberdade e igualdade da Revolução Francesa criaram, em 1804, a República do Haiti.

Brasil x Portugal

Na América portuguesa, as medidas adotadas no Período Pombalino aumentaram ainda mais a crise econômica e política. O fracasso do Marquês de Pombal em articular o Absolutismo Ilustrado com as bases mercantilistas acirrou ainda mais os ânimos coloniais na medida que crescia a arrecadação de impostos. Movimentos de caráter emancipacionista indicavam um caminho sem volta para a independência. Apesar dos mártires deixados pelas trilhas sangrentas das ciladas armadas pelo Estado Português, as resistências se tornaram uma constante, passando a fortalecer os ideais de um Estado Independente. Juntaram-se a essas instabilidades, o Terremoto de Lisboa (1755), a crise do comércio açucareiro e a queda na produção aurífera, além de crises sociais decorrentes de políticas administrativas implementadas no Estado do Grão-Pará e Maranhão, as quais resultaram na expulsão dos jesuítas e na tentativa de criação de uma economia agrícola em larga escala com a utilização da mão de obra indígena regulamentada pelo Diretório dos Índios. Apesar da disseminação das ideias francesas e norte-americanas, as reformas sociais foram controladas pelas elites. Após a queda de Pombal, conjurações de caráter emancipacionistas, mesmo em perspectivas locais, passaram a ocorrer em diferentes regiões.

Nas Minas Gerais, em 1789, uma crise econômica, resultante da escassez de ouro, aumentava as pressões da Coroa portuguesa pela cobrança do Quinto (100 arrobas anuais – valor equivalente à 1.468,9kg de ouro) através da execução da Derrama (cobrança compulsória dos Quintos em atraso – Invasão de cidades, vilas, fazendas e casas a procura de ouro para alcançar o valor do Quinto). Como resposta, a elite local pretendeu tomar o poder e instituir uma república através do fracassado evento denominado de Conjuração Mineira. A Conjuração Baiana, iniciada com as elites, em 1798, tomou projeções de caráter social, a partir do ingresso de mulatos, ex-escravos, homens brancos pobres, alfaiates, pedreiros, soldados e bordadores que passaram a defender a proclamação de uma república na Bahia, o fim da escravidão e das diferenças baseadas na cor da pele. Por estas razões, a conjuração acabou perdendo seu apoio maçônico e sucumbindo naquele mesmo ano.

Com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, transformações de caráter econômico iniciaram o processo de independência econômica das colônias portuguesas. A Abertura dos Portos dava fim ao exclusivo colonial (principal aspecto que une uma colônia a sua metrópole), permitindo que as nações aliadas a Portugal (naquele momento, a Inglaterra) pudessem desenvolver relações comerciais com o Brasil e o Estado do Grão-Pará e Maranhão, anulando suas dependências econômicas unilaterais. A instalação de manufaturas, fundação do Banco do Brasil (1808), a invasão da Guiana Francesa (1808), elevação do Brasil à categoria de Reino Unido à Portugal e Algarves (1815), a Insurreição Pernambucana (1817) e a ocupação da Banda Oriental do Uruguai, após a Guerra contra Artigas (1816-1820), alteraram o lugar das colônias portuguesas no cenário intercontinental. Enfim, a Revolução do Porto (1820), decorrente de uma crise política em Portugal, concorreu para o enfraquecimento das relações com o Brasil e a consequente Proclamação da Independência, em 1822. Portanto, a Crise do Sistema Colonial deve ser pensado como evento de longa duração.

Referências:

BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, v. 2, 2013.

DA COSTA, Emília Viotti et al. Introdução ao estudo da emancipação política do Brasil. Brasil em perspectiva, 1971.

NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1986.

SÁ MÄDER, Maria Elisa Noronha de. Revoluções de independência na América Hispânica: uma reflexão historiográfica. Revista de História, n. 159, p. 225-241, 2008.

Após anos de enriquecimento para uns e de exploração para outros, o sistema colonial chegou ao fim. Esse fenômeno aconteceu gradativamente em todas as colônias da América, incluindo o Brasil. As causas foram várias, mas a mentalidade iluminista, as contradições econômicas e as revoltas locais foram as principais. Confira este resumo sobre o que foi a crise no sistema colonial e como tudo isso se relaciona!

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O que se entende por Sistema Colonial?

Não dá para falar da crise do sistema colonial se não está claro o que ele é, não é mesmo? A primeira coisa que precisamos lembrar é que o sistema de colônias surgiu logo após as grandes navegações, quando os países europeus descobriram outros continentes. 

O Antigo Sistema Colonial vai do século XVI ao final do século XVIII. Neste período, o foco foi o continente Americano (Norte, Centro e Sul).

Diante de novos recursos naturais, os europeus usaram de suas tecnologias e organização social para implantar um sistema nessas novas terras. Sendo assim, administravam o novo território para a exploração econômica.

Eles vieram da metrópole (sede do governo), então os novos territórios foram chamados de colônias. As colônias subordinavam-se às regras da metrópole que muitas vezes eram abusivas, justamente por serem vistas apenas como área de exploração.

Esse período é tão importante para a história do Brasil que fizemos artigos específicos! Não deixe de estudar sobre o Período Pré-colonial, o Brasil colônia e a Colonização Espanhola. Assim, você entenderá mais a fundo as características dosistema.

O que foi a crise no Sistema Colonial?

A Crise do Sistema Colonial é o período histórico em que o modelo tradicional de exploração da colônia pela metrópole chega ao fim.

Esse modelo existiu por muitos anos e foi experimentado por diferentes continentes. Além disso, essa forma de administração regia todas as esferas da sociedade e das atividades humanas. Por isso, sua queda foi muito marcante, mudando toda a dinâmica mundial.

Não só as suas consequências são importantes, mas também as suas causas. Como você deve imaginar, o fim de toda uma era colonial não acontece do dia para a noite. Ele foi causado por uma sucessão de eventos a nível nacional e mundial.

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Quando foi a crise no sistema colonial brasileiro?

O sistema colonial brasileiro começou a entrar em crise no final do século XVIII, início do XIX. Ou seja, ele durou por dois séculos e só depois começou a se enfraquecer!

Muitas são as causas que explicam o porquê de um sistema tão articulado e duradouro ter caído depois de tanto tempo. O principal ponto é entender que o mundo passou por uma mudança de mentalidade!

Vamos investigar como isso se deu:

Quais foram os fatores que levaram à crise do sistema colonial no Brasil?

Todas as grandes mudanças que permaneceram na sociedade e se espalharam pelo mundo, foram antecedidas pela modificação do pensamento. No caso do fim do sistema colonial não é diferente!

É claro que a visão de mundo foi o ponto chave para começar a crise do sistema antigo, mas não é o único fator. Junto a ele, se desdobraram as mudanças administrativas, as crises econômicas, políticas e sociais.

Por fim, como esse sistema estava presente em todo um continente, podemos dizer que a crise do sistema de colônias também se deu tanto por fatores internos quanto externos.

Em resumo, podemos dizer que os principais fatores que levaram ao fim do sistema colonial foram:

  • Avanço das ideias Iluministas em todo o mundo;
  • Queda do Antigo Regime (Absolutismo);
  • Independência de outras colônias pioneiras, como os Estados Unidos;
  • Formação de um sentimento nacionalista e identinário nos povos das colônias;
  • Crescimento demográfico nestas regiões, superando os imigrantes da metrópole;
  • Crise política e econômica do próprio sistema colonial, pelas controvérsias e abusos.

Essas são as causas gerais e resumidas. Agora vamos entender o que realmente aconteceu e focar nos fatores que influenciaram o Brasil.

Qual era o contexto histórico anterior à crise

Se na Idade Média o foco era viver para Deus, o surgimento do humanismo fez com que o ser humano fosse o centro de tudo. Nos momentos anteriores ao início da colonização, o antropocentrismo ganha força e isso se reflete também na organização política e social.

Diante desse cenário, surge uma valorização tão grande do ser humano que o modelo político adotado é o Absolutismo. Esse é um tipo de monarquia em que o rei é absoluto no governo, e acabou levando a alguns abusos de poder.

Após anos de governo com essa mentalidade e observando-se as suas consequências, desenvolveu-se a ideia de que não bastava o homem estar no poder. Agora, era preciso também que ele governasse com racionalidade.

É aí que surge o pensamento revolucionário iluminista, disposto a romper com qualquer forma de pensamento do Antigo Regime. Isto é, combater tudo o que narramos até aqui e que vigorava durante a colonização.

As bases do iluminismo se resumem em novos ideais: liberdade, igualdade e racionalidade. Além disso, eles eram contra a expressão da fé nas esferas públicas e combatiam a rigidez na forma de governo, na sociedade, na economia e na administração.

Em uma Europa com colônias já calejadas pelos abusos das coroas, o iluminismo se encontra em um terreno fértil para fazer valer suas ideias. 

Assim, esse pensamento começa a chegar ao Brasil e em outras colônias por meio dos imigrantes, e faz sucesso!

A Independência dos Estados Unidos

Os Estados Unidos, anteriormente chamados de Treze Colônias, foram o primeiro território colonial a se tornar independente, em 1776.

Isso aconteceu por vários fatores que já explicamos no artigo sobre a independência dos EUA. Mas, novamente, a mentalidade iluminista está presente em toda a história, motivação e guerras de libertação.

A formação desse país aconteceu antes da Revolução Francesa (1789 e 1799). Sendo assim, podemos dizer que a independência americana foi a primeira aplicação das teses iluministas, já que a constituição desse novo país se baseou nelas!

Você já deve ter ouvido falar em efeito dominó, não é? Bastou uma primeira colônia mostrar que podia contra a metrópole e logo os movimentos independentes começaram a “pipocar” nas demais colônias!

Como terminou a monarquia absolutista?

Ao mesmo tempo em que os reis absolutistas tentavam manter seu poder, os ideais iluministas se espalhavam. Nesse cenário, os monarcas só tinham duas opções: lutar para não ser derrotado ou “unir-se ao inimigo”.

Como o iluminismo se espalhou por praticamente todas as classes sociais, as revoluções burguesas conseguiram mesmo derrubar as monarquias resistentes.

Porém, alguns reis foram chamados de “déspotas esclarecidos”. Estes eram os que tentavam manter o poder concentrado em si, mas adotando medidas que flertavam com o iluminismo.

Eles tentavam agradar os dois lados… Como você deve imaginar, isso não deu muito certo. Inclusive, logo depois ocorreu a expansão da república como forma de governo.

Vamos pegar o exemplo da nossa ex-metrópole, Portugal.

Crise na administração da colônia brasileira

A Coroa Portuguesa passou pela União Ibérica, lutou contra a presença holandesa, houve o declínio da produção do açúcar e as pressões da Inglaterra para pagar a dívida. O cenário era de caos político e econômico.

A solução desesperada foi o governo do Marquês de Pombal, que tentava justamente conciliar as aspirações da metrópole com os ideais iluministas. Acontece que o mercantilismo esclarecido (o modelo econômico adotado) era um verdadeiro tiro no pé!

Para obter uma exploração maior e mais rápida, era preciso investir na colônia. Porém, desenvolvendo a colônia, ela ganha mais autonomia e começa a ter força contra a metrópole…

Como se não bastasse as ideias iluministas, a crise da monarquia, a influência dos Estados Unidos e as medidas modernizadoras da colônia, acontece algo essencial. O governo de Napoleão faz com que a Família Real se instale no Brasil.

Toda uma infraestrutura foi criada na colônia para abrigar a corte. Após a Revolução do Porto, que pediu a volta de Dom João, ele voltou a Portugal, mas Dom Pedro permaneceu no Brasil.

Daí em diante nós marcamos oficialmente o fim do Brasil colônia, acontecendo junto à Independência Brasileira.

Antes de encerrarmos as causas que levaram ao fim do modelo colonial, precisamos lembrar de um último fator:

As revoltas nativistas

Por fim, é preciso lembrar que as consequências dessa mudança de mentalidade não foram só administrativas. Elas refletiram também no modo como a sociedade enxergava a si mesma.

Quanto mais autonomia as colônias ganhavam, mais as pessoas que ali viviam percebiam que precisam se unir para lutar contra a oposição e conquistar sua independência.

Assim, vai criando-se uma identidade social e cultural que se expressou em revoltas nativistas.

Os principais movimentos que tinham esse caráter identitário e rejeitavam as imposições do sistema colonial foram:

Confira o resumo das outras 8 revoltas nativistas!

O que aconteceu depois da crise do Sistema Colonial?

Depois do fim do modelo colonial e da independência do Brasil, entramos em um período histórico chamado República da Espada, que continuou com a República Velha.

É importante lembrar que, ao falarmos da crise do sistema colonial, não podemos imaginar que as independências aconteceram todas iguais e ao mesmo tempo. 

Na realidade, tratamos das características gerais de um conjunto de anos, focando nas causas do Brasil. Mas cada país adotou um modelo de governo depois, teve suas próprias guerras, motivos internos e datas marcantes.

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