Novos tigres asiáticos é um termo que refere-se às economias dos cinco países do Sudeste Asiático que experimentaram um grande crescimento nas suas economias, seguindo a tendência que ocorreu aos tigres asiáticos tradicionais.[1] Compõem este grupo:
Essas economias seguiram o ciclo experimentado pelos quatro primeiros tigres: Honguecongue, Singapura, Coreia do Sul e República da China (Taiwan). Podem ser denominados na literatura econômica como jovens tigres, filhotes de tigres,[6] ou tigres asiáticos, passando o grupo dos "velhos tigres" a se chamarem "dragões asiáticos". Os novos tigres têm uma economia centrada na exportação de produtos para nações altamente industrializadas. Em muitos casos, políticas fiscais foram implementadas para que a população local fosse desencorajada a consumir produtos de outras nações, semelhante a política adotada pelo Japão durante o milagre econômico.[7] Os Novos Tigres optaram por dar isenção fiscal (diminuição de impostos) para que multinacionais se instalassem em seus territórios. Numa direção puramente neoliberal, flexibilizaram as leis trabalhistas e ambientais, além de forçar a massa salarial para que permanecesse extremamente baixa, dando espaço para uma maior lucratividade para as empresas.[8][9] Nos Novos Tigres há crescimento econômico, mas ao contrário dos "Velhos Tigres", não há um desenvolvimento econômico e distribuição de renda de fato (neste fator com exceção do Vietnã), pois os indicadores sociais dos referidos países, após mais de 30 anos de crescimento acelerado, ainda permanecem baixos.[10] Todos os novos tigres asiáticos são países recém-industrializados. A Indonésia, o Vietnã e as Filipinas estão incluídos na lista das economias Next eleven da Goldman Sachs,[11] e todos estão incluídos na lista das 50 maiores economias em 2050, formulada pelo banco HSBC.[12]
Tigres Asiáticos é a denominação de quatro territórios da Ásia que apresentaram rápido e agressivo crescimento econômico a partir da segunda metade do século XX. Cingapura, Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan, os Tigres Asiáticos, imprimiram uma política econômica bem-sucedida que é modelo para vários países na atualidade: atração de investimentos estrangeiros e produção para exportação. Os investimentos estatais em infraestrutura industrial e em qualificação da mão de obra, os fortes incentivos fiscais e a oferta de mão de obra barata, disciplinada e abundante são fatores que favoreceram o crescimento econômico dos Tigres. As parcerias desenvolvidas com potências capitalistas durante da Guerra Fria também potencializaram o crescimento dos Tigres tradicionais, que já influenciam diversos países, especialmente aqueles conhecidos como Novos Tigres Asiáticos. Leia também: Países emergentes — economias subdesenvolvidas com potencial de crescimento econômico Resumo sobre os Tigres Asiáticos
Videoaula sobre os Tigres AsiáticosOs territórios conhecidos como Tigres Asiáticos são quatro:
Por que eles se chamam Tigres Asiáticos?A denominação Tigres Asiáticos foi estabelecida por causa do modelo rápido e agressivo de crescimento econômico que os territórios apresentaram a partir da segunda metade do século XX. Além disso, o tigre é um animal envolvido em várias simbologias no continente asiático, dentre as quais se destacam o poder, intimidação, competição e transformação. Características dos Tigres AsiáticosA grande característica dos territórios denominados Tigres Asiáticos é o processo rápido de crescimento econômico a partir da segunda metade do século XX. Embora cada território tenha apresentado suas particularidades nesse processo de crescimento, pode-se enumerar características em comum, que são:
Leia também: Países desenvolvidos — nações com alto grau de desenvolvimento social-econômico Surgimento e crescimento econômico dos Tigres AsiáticosO surgimento dos Tigres Asiáticos está diretamente ligado ao cenário da Guerra Fria e à necessidade das grandes potências Estados Unidos e ex-União Soviética em garantir áreas de influência no mundo. O rápido e agressivo crescimento econômico dos Tigres Asiáticos seguiu o crescimento econômico do Japão, que, após a Segunda Guerra Mundial, transformou-se em um símbolo capitalista na Ásia. O crescimento japonês influenciou os demais territórios asiáticos. Com a influência do Japão, os Tigres tornaram-se importantes vitrines para o capitalismo no continente asiático. A recepção de investimentos estrangeiros provenientes de potências capitalistas, como Estados Unidos e países da Europa Ocidental, foi fundamental para os excepcionais índices de crescimento dos Tigres Asiáticos e para a afirmação da disputa entre capitalismo e socialismo na Ásia durante a Guerra Fria. Os Novos Tigres AsiáticosMais países no continente asiático seguem o padrão de desenvolvimento industrial e crescimento econômico dos Tigres Asiáticos: Malásia, Indonésia, Vietnã, Tailândia e Filipinas são os Novos Tigres Asiáticos. Esses países buscam atrair, desde a década de 1990, investimentos estrangeiros na forma de indústrias de países como Estados Unidos, Japão e dos Tigres Asiáticos tradicionais para impulsionar o crescimento econômico. Investimentos em infraestrutura, oferta de mão de obra barata, incentivos fiscais, leis ambientais frágeis, assim como as leis trabalhistas precárias, são características dos Novos Tigres Asiáticos, que atraem empresas transnacionais e aumentam sua capacidade de produzir produtos baratos que são fornecidos para todo o mercado mundial. A grande diferença entre os dois grupos está na questão da melhoria da qualidade de vida e nos investimentos maciços em educação que não são verificados nos Novos Tigres. Dessa forma, percebe-se a tendência de esses países estabelecerem crescimento industrial, mas sem melhoramento nos seus índices sociais. Leia também: 10 países mais pobres do mundo Exercícios resolvidos sobre Tigres AsiáticosQuestão 1 (FGV-SP) Os Tigres Asiáticos, contemplados por políticas internacionais contra o avanço sino-soviético, industrializaram-se com grande rapidez e apresentaram importantes avanços econômicos nas últimas décadas do século XX. Nesse contexto, esses países se tornaram a) centros logísticos, controlando a oferta de bens de consumo no mundo ocidental. b) áreas de livre comércio, utilizando moeda única para ampliar a troca de mercadorias. c) tecnopolos, adotando o compartilhamento de patentes em inovações produtivas. d) plataformas de exportação, oferecendo produtos industriais mais baratos. e) mercados emergentes, criando relações equânimes entre burguesia e proletariado. Resolução: Letra D A atração de investimentos estrangeiros e a produção para exportação são as bases das políticas econômicas desenvolvidas pelos Tigres Asiáticos. Essas políticas industriais ficaram conhecidas como “plataformas de exportação”, ou seja, práticas com garantia de benefícios para a produção de transnacionais para exportação. Questão 2 (FGV-SP) Na distribuição da indústria no mundo, além de fatores históricos e políticos, há também os chamados “fatores locacionais”. No caso dos Tigres Asiáticos, pode-se destacar: a) existência de mão de obra qualificada e extensa rede de comunicações. b) grande mercado consumidor interno e densa rede de transportes. c) disponibilidade própria de matérias-primas minerais e mão de obra barata. d) incentivos fiscais governamentais e disponibilidade de terras baratas no interior. e) recursos energéticos (petróleo e gás natural) e incentivos fiscais. Resolução: Letra A A oferta de mão de obra qualificada e barata é resultado dos investimentos em educação e leis trabalhistas frágeis. A infraestrutura, construída por meio de grandes aplicações estatais, inclui redes de comunicação, transporte e energia bem desenvolvidas. |